À medida que a inflação continua a desafiar as economias em todo o mundo, vários países estão testemunhando um aumento na adoção de criptomoedas como uma proteção contra a desvalorização das moedas fiduciárias. Na Bolívia, onde a inflação atingiu 22,23% em outubro de 2025, o uso de criptomoedas como o USDT da Tether cresceu significativamente, com transações anuais de criptomoedas chegando a US$ 14,8 bilhões. O governo boliviano respondeu permitindo que os bancos ofereçam custódia de criptomoedas e reconhecendo as criptomoedas como moeda legal para poupanças e empréstimos. A Venezuela, enfrentando uma taxa de inflação de 172% em abril de 2025, viu uma mudança substancial para stablecoins, com US$ 44,6 bilhões em ativos digitais recebidos ao longo de um ano. O presidente Nicolás Maduro integrou as stablecoins na economia, enquanto a ex-candidata presidencial María Corina Machado defendeu o uso do Bitcoin. Enquanto isso, Argentina e Turquia, com taxas de inflação de 31,3% e 32%, respectivamente, também recorreram às criptomoedas, com a Argentina recebendo US$ 93,9 bilhões e a Turquia liderando a região MENA com US$ 200 bilhões em transações de criptomoedas. No Irã, onde a inflação atingiu 45,3% em setembro de 2025, as criptomoedas continuam sendo uma ferramenta para contornar sanções internacionais, apesar da forte regulamentação e das altas tarifas de energia que afetam a mineração. A Nigéria, que experimenta uma queda na inflação para 16%, lidera a África Subsaariana em transações de criptomoedas, impulsionada pela inflação persistente e problemas de acesso a moedas estrangeiras. Essas tendências destacam a crescente dependência das criptomoedas em regiões com sistemas monetários instáveis.